A TAP Air Cargo prepara-se para iniciar na próxima semana as operações com mais um “preighter”, no caso um A321, confirmou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Miguel Paiva Gomes.
A entrada ao serviço do novo avião de passageiros transformado em cargueiro está apenas dependente das competentes certificações, sublinhou o responsável da TAP Air Cargo. Com ele, a companhia portuguesa passa a contar com quatro “preighters”.
O A321 “é o maior dos aviões narrowbody”, disponibilizando, sem cadeiras na cabina, “uma capacidade de carga de 100 m3, ou 22 toneladas de payload”, referiu Miguel Paiva Gomes. O avião tem uma autonomia de “cerca de seis horas”, o que lhe permite realizar voos “para as Ilhas, Norte de África, West Africa,…”, acrescentou. E será esse, precisamente, o seu horário normal, assim entre ao serviço, com o responsável a destacar “os voos para a Argélia e Marrocos, para onde a TAP não opera”.
A conversão do A321 ceo (a versão anterior do modelo, a que sucedeu o A321neo, que a TAP também na sua frota) resultou da procura do mercado e da disponibilidade do modelo, uma vez que a companhia portuguesa mantém uma reduzida actividade nos voos de passageiros. Aliás, em aberto está a “possibilidade de transformar um segundo aparelho. Mas a decisão ainda não está tomada”.
Decidido está que em Julho este A321 voltará a operar no transporte de passageiros, ajudando à espera retoma da actividade com a entrada na época alta de Verão.
No imediato, o novo “preighter” junta-se aos outros três que a companhia nacional já tem na sua frota, três Airbus A332, com uma capacidade de nominal de cerca de 200 m3, com os quais a TAP Air Cargo tem mantido intensa actividade, primeiro no transporte de material médico e hospitalar, agora no encaminhamento de vacinas (em particular para o Brasil, as não só) e cada vez mais “ao serviço da economia, beneficiando da escassez de oferta”.
A TAP Air Cargo disponibiliza actualmente uma oferta regular “de entre 30 a 35 voos all cargo por semana”, utilizando os “preighters” e também aviões de passageiros, mas “sem passageiros e com carga apenas no porão”. Brasil, EUA, Venezuela, Colômbia, Angola e Moçambique serão, por esta ordem, os principais mercados, referiu Miguel Paiva Gomes.