A TAP Cargo prevê para este ano um crescimento mais moderado, “na casa dos 10%”, avançou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS o director de Carga e Correio da transportadora aérea nacional.
Em 2010, o negócio da carga cresceu 24%, em termos de tonelagem, para as 94 200 toneladas transportadas, “um novo máximo histórico”. A receita global avançou 27% para os “125 milhões de euros”, referiu José Anjos.
Na prática, a unidade de negócio facturou mais três milhões de euros do que o anunciado ontem pela companhia. Uma discrepância que se deve ao facto de os números divulgados respeitarem “apenas à carga regular. Várias rubricas não foram incluídas, nomeadamente a receita de correio e a carga não-regular, incluindo fretamentos”, explicou o responsável.
Tal como nas passagens, “o Brasil foi o mercado responsável pela rápida recuperação da TAP Cargo em 2010, tanto à exportação como à importação”. Em termos das exportações brasileiras “verificou-se um aumento de 27%” e quanto às importações, “a Europa foi o grande gerador de carga em trânsito por Lisboa”.
Entre os países europeus, José Anjos destacou a Alemanha, que “bateu todos os máximos históricos de exportação, com um aumento de 94% na receita em relação a 2009”. Seguiu-se “a Itália com mais 82%”. Mas “todos os países europeus ultrapassaram largamente os orçamentos de vendas para 2010, nomeadamente o Reino Unido, França, Espanha, Holanda, Suíça, Suécia e Dinamarca”.
Em alta esteve também o mercado dos Estados Unidos, que “teve um excelente comportamento à exportação (+38%), nomeadamente com importantes fluxos de carga para Angola e África do Sul”.
O maior mercado da TAP Cargo continua a ser o português, mas aqui os seus resultados pouco mexeram. Em boa medida porque a vitalidade “depende essencialmente dos destinos africanos, principalmente Angola, que se manteve estável em relação a 2009”, acrescentou.
Em 2011, o ritmo de crescimento da actividade não deverá ser tão forte. Ainda assim, “as metas orçamentadas traduzem um crescimento na casa dos 10%, continuando a ter um importante papel para os resultados da TAP”, concluiu José Anjos.