A TAP Cargo registou uma quebra de 10% nas receitas nos primeiros nove meses do ano, penalizada pela redução das yields.
No terceiro trimestre, porém, a TAP Cargo alcançou um crescimento de receitas de 8,6% (3,3 milhões de euros), para 41,3 milhões de euros, com o aumento dos volumes a compensarem a quebra nas margens.
Em termos globais, apesar de ter facturado mais, a TAP ganhou menos no terceiro trimestre e nos primeiros nove meses do ano, anunciou a companhia.
A TAP registou no terceiro trimestre um resultado líquido de 117,8 milhões de euros, menos 34,8% que os 180,5 milhões de euros verificados há um ano.
E, todavia, as receitas operacionais aumentaram 2%: +0,5% nas passagens (para 1 187,5 milhões), +48% na manutenção (para 48,7 milhões) e +8,6% na carga. O destaque vai, claro, para o negócio da manutenção.
A culpa da redução dos lucros foi, então, das perdas cambiais, sustenta a companhia.
No balanço dos primeiros nove meses do exercício de 2024, a TAP acumulou uma perda de 41,9% nos resultados líquidos (118,2 milhões de euros), com as receitas operacionais a subirem 2% (3, 25 mil milhões de euros) e os custos operacionais a avançarem 4% para 2,9 mil milhões de euros.
Falando de receitas, de novo o destaque vai para a manutenção, com um crescimento de 39,8% até aos 165,6 milhões de euros. As passagens atingiram os 2,9 mil milhões de euros (+1,8%).
O EBITDA recorrente cedeu 1% para 744,8 milhões de euros (margem de 22,9%) e o EBIT recuou 5,7% para 377,8 milhões (margem de 11,6%).
“Estamos satisfeitos com a nossa performance no terceiro trimestre de 2024, apesar dos dois grandes desafios enfrentados: a situação difícil de gestão do espaço aéreo europeu, e as desvalorizações cambiais significativas. A melhoria da pontualidade e do NPS (Índice de Satisfação do Cliente) e a estabilização da regularidade, confirmam uma operação mais robusta e com um melhor serviço para os nossos clientes, que se traduz em aumentos de receitas e consolidação de resultados operacionais”, comentou Luís Rodrigues, CEO da TAP.
“Adicionalmente” – prosseguiu – “o sucesso na emissão de obrigações, com uma clara criação de valor para a TAP, dado a redução significativa do spread implícito, resultou de uma resposta positiva por parte dos investidores à performance financeira da empresa.”
“Apesar do actual contexto desafiante do sector, mantemo-nos focados na transformação da TAP, com o apoio das nossas pessoas e dos nossos stakeholders, numa companhia sustentadamente rentável e numa das mais atractivas da indústria”, concluiu o CEO, citado em comunicado.