A TAP e o SITAVA fecharam um acordo de actualização salarial para os próximos cinco anos, que prevê um aumento de 5% este ano e de, pelo menos, 7% no conjunto dos quatro anos seguintes.
Numa informação enviada aos associados, a que a “Lusa” teve acesso, a Direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos considera que o acordo de actualização salarial, alcançado na segunda-feira, com a TAP é “um bom acordo”, que contempla “além da tabela salarial, também todas as outras matérias de expressão pecuniária”, que
entram em vigor no salário de Junho, com efeito retroactivo a 1 de Janeiro deste ano.
A actualização da tabela salarial estipula um aumento maior, de 5%, em 2018, 3% em 2019, 2% em 2020 e 1%, acrescido de inflação, em 2021 e 2022, lê-se na informação enviada aos associados.
“Para o ano de 2020, se a inflação for superior a 2%, a TAP garantirá que não haverá perda salarial pagando esse diferencial”, explicita a Direcção do SITAVA que representa na sua maioria trabalhadores de terra da companhia
aérea.
O acordo prevê ainda para os próximos cinco anos uma revisão das anuidades, subsídio de turnos, subsídio de refeição e subsídio de certificação.
De acordo com a nota, não houve alterações nas horas nocturnas nem nas férias. Além disso, acrescenta, “não haverá qualquer alteração” no pagamento dos três primeiros dias de baixa e ficou ainda definido um prémio de 450 euros atribuído a todos os trabalhadores de terra.
Em Abril, a TAP chegou a acordo com os pilotos para aumentos de 15% em cinco anos. Na altura, o SITAVA acusou a companhia aérea de desprezar os trabalhadores de terra e exigiu aumentos iguais.
A TAP é detida em 50% pelo Estado e em 45% pela Atlantic Gateway de Humberto Pedrosa e David Neeleman (e dos chineses da HNA). Os restantes 5% estão nas mãos dos trabalhadores.