Depois dos A330 Preighters, a TAP Cargo lançou esta semana uma nova oferta no mercado, com voos “all cargo” operados com os Embraer da companhia.
A TAP Cargo iniciou na passada segunda-feira um novo network de voos “all cargo”. O primeiro voo teve como destino Cabo Verde, que será servido uma vez por semana. Mas a nova oferta visa também, ou sobretudo, as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, com ligações tendencialmente diárias.
“A TAP tinha 9 voos por dia para FNC, 4 voos por dia para PDL, dois voos por dia para TER e 1 voo diário para RAI. A nossa decisão [de lançar a nova oferta] foi motivada pela carência de oferta de porão a que este mercado foi sujeito”, justificou Bruno Aires, director da TAP Cargo para Portugal, ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
Os aviões usados são os Embraer da companhia. Mas apesar de os voos serem “all cargo”, neste caso, e ao contrário do que sucedeu com dois A330-900 Preighters, as cadeiras não foram retiradas. A capacidade de carga é, portanto, de “nove toneladas ou 50 m3”, acrescentou.
No voo para Cabo Verde “transportamos essencialmente medicamentos, equipamento hospitalar, e-commerce e correio”, referiu Bruno Aires, mas, na prática, pode-se transportar “todo o tipo de carga, desde que as dimensões sejam compatíveis”.
Se a manutenção das cadeiras retira capacidade de transporte, por outro lado aumenta a flexibilidade na resposta, permitindo disponibilizar rapidamente mais aviões, se necessário. O director da TAP Cargo para Portugal disse a propósito que “a base deste projecto é a operação regular, mas estamos atentos a possíveis oportunidades, criamos as condições para sempre que for necessário podermos usar este avião em operações de charters de carga”.
No imediato, e em termos de operação regular, estão previstos “dois voos semanais para o Funchal (às terças e sextas-feoras), um para a Terceira (às quartas), três para Ponta Delgada (terças, quintas e sextas) e um para a Praia, Cabo Verde (sábados)”.
Entretanto, os A330-900 “descadeirados” continuam activos “em operações de charter dedicados e em voos “cargo only”, por exemplo, para Maputo, Luanda, Brasil (São Paulo, Fortaleza e Brasília) e EUA (Miami e Chicago)”, adiantou Bruno Aires.