A TAP anunciou um resultado líquido de 400 mil euros no primeiro semestre de 2024, que contrasta com os ganhos de 22,9 milhões de euros registados na primeira metade de 2023.
No segundo trimestre do ano corrente a TAP lucrou 72,2 milhões de euros, e com isso “limpou” as perdas de 71,9 milhões do primeiro trimestre. Ainda assim, o resultado trimestral ficou 10,1% abaixo do conseguido há um ano.
No segundo trimestre, as receitas operacionais atingiram os 1,1 mil milhões de euros (mais 3,4% em termos homólogos), enquanto os gastos operacionais foram de 938,6 milhões (menos 0,8%). Os gastos com o pessoal, que justificaram em boa parte o disparo dos prejuízos no primeiro trimestre, aumentaram 18,1% entre Abril e Junho.
No balanço do primeiro semestre, as receitas operacionais subiram 3,3% para 1,969 mil milhões de euros, e o mesmo fizeram os gastos operacionais (1,798 mil milhões de euros).
Na primeira metade do ano, o EBIT recorrente fixou-se nos 139,2 milhões de euros (+11,8%), com uma margem de 7,1% (6,5%) e o EBITDA recorrente ficou nos 372,7 milhões de euros (+3,1%), com uma margem de 18,9% (19%).
Receitas da carga continuam em queda
As receitas da carga e correio mantiveram, no segundo trimestre a tendência decrescente verificada já nos primeiro três meses do ano, e justificada pela companhia com o regresso dos yields à normalidade.
No final de Junho, a TAP Cargo acumulava receitas operacionais de 76 milhões de euros, 17,7% abaixo dos 92,3 milhões de euros do período homólogo de 2023.
No entanto, e apesar de tudo, o segundo trimestre revelou-se ligeiramente melhor que o primeiro, com as receitas a atingirem os 39,3 milhões de euros, 4,3 milhões de euros (9,9%) abaixo do feito há um ano.
Citado em comunicado, Luís Rodrigues, Presidente Executivo da TAP, considerou que “continuámos no segundo trimestre de 2024 o caminho necessário de transformação estrutural da TAP. O investimento nas pessoas e nas operações continua a confirmar a aposta e a mostrar resultados: uma grande redução das irregularidades, o contínuo aumento da pontualidade e da regularidade, e o aumento do NPS (o índice de satisfação do cliente), com consequente crescimento das receitas. Especial destaque para área de Manutenção e Engenharia, que começa a realizar o seu potencial.”
E acrescentou:
“O forte desempenho no segundo trimestre permite um resultado líquido positivo no semestre, que, apesar de reduzido, é atingido pela segunda vez consecutiva, mas agora sem cortes salariais”.
“Continuamos o caminho para o qual nos propusemos, com o compromisso das nossas pessoas e apoio dos nossos stakeholders: estabelecer a TAP como uma companhia sustentadamente rentável e uma das mais atrativas da indústria”, concluiu.