A TAP paga quase o dobro em Lisboa, pelo handling da Groundforce, do que paga em Heathrow, disse no Parlamento o CEO da companhia de assistência em terra.
Fernando Melo referiu que em Lisboa o custo por movimento suportado pela TAP é de 1 470 euros, enquanto no principal aeroporto londrino a mesma operação custa 880 euros.
A companhia aérea nacional representa 50% do volume de negócios da Groundforce, e mesmo se a gestão das duas empresas é autónoma, a TAP acaba a financiar a empresa de handling, disse Fernando Melo.
O CEO da Groundforce esteve no Parlamento, na Comissão de Obras Públicas e Transportes, por causa do despedimento colectivo promovido na escala de Faro. Aquele dirigente defendeu a propósito que “foram feitos todos os esforços. O despedimento colectivo só surge depois de muitas diligências”.
Segundo ele, a administração terá proposto medidas que no seu conjunto representariam uma poupança de 20 milhões anuais nos custos da escala. Entre as medidas contar-se-iam a eliminação do pagamento dos três primeiros dias de baixa, a redução do subsídio de alimentação e a redução da rotatividade do trabalho.
Fernando Melo criticou ainda o elevado absentismo na Groundforce que, segundo ele, obriga a empresa a ter “mais 200 trabalhadores”.
Em Faro, a Groundforce decidiu-se pelo despedimento colectivo de 336 trabalhadores. Uma medida que não teve a ver com a privatização da empresa, sustentou Fernando Melo, mesmo a escala algarvia foi sempre uma “carta fora do baralho” para os pretendentes à empresa de handling, reconheceu.