A TAP registou em 2020 um prejuízo de 1,23 mil milhões de euros, mais do que os 1,2 mil milhões que recebeu do Estado e 12 vezes as perdas de 2019 (96 milhões de euros).
A pandemia é a principal explicação avançada pela TAP para os maus resultados de 2020. Por causa da redução forçada da actividade, as receitas operacionais caíram 67,9% e não foram compensadas pela redução dos custos, que foi de apenas 38%.
“Os rendimentos operacionais totais atingiram 1 060,2 milhões de euros, um decréscimo de 2 238,6 milhões de euros”, e nenhuma área foi poupada. Nas passagens, a quebra chegou aos 70,9%, de 2,9 mil milhões de euros para 848 milhões. No ano passado, a companhia transportou apenas 4,6 milhões de pessoas (17 milhões em 2019).
As actividades de engenharia e manutenção também renderam menos 67,9%, ou 143,4 milhões de euros.
E mesmo a carga aérea, sofreu uma perda de rendimentos, embora muito menor, de 8,5%, para 125,7 milhões de euros.
Apesar, ou em resultado das medidas tomadas, as despesas operacionais recuaram 38%, de 3,2 mil milhões para dois mil milhões de euros.
Ao longo do exercício, a TAP renegociou com a Airbus contratos de compra de aviões e reduziu a frota em nove aparelhos, ficando com 96, fruto da saída de 16 mais antigos (dois dos quais foram transformados em preighters) e da entrada de sete novos, mais económicos.