A privatização da TAP a 100% poderá render até 1,2 mil milhões de euros. Interessados haverá vários, atraídos pelas posições da companhia nos mercados brasileiro e africano.
O cálculo do valor real da TAP terá por base as práticas internacionais no sector, que assumem entre sete e oito vezes o EBTDA, adianta o “DE”. No caso, o cash-flow operacioinal da companhia foi, no ano passado, de 152 milhões de euros.
Mas haverá também que considerar a dívida da empresa, que já supera os mil milhões de euros, pelo que será admissível que pelo menos parte do encaixe seja destinado a recapitalizá-la, acrescenta o periódico.
Interessados na compra serão vários, garante Fernando Pinto. Em entrevista à “Reuters”, o CEO da transportadora aérea nacional diz que “não posso citar nomes, mas o que posso é dizer que a privatização está a gerar um grande interesse”.
A IAG, holding que controla a British Airways e a Iberia (e também a bmi), já disse do seu interesse de princípio na TAP, com os olhos postos no Brasil. Mas Fernando Pinto garante que “além da IAG, outros manifestaram-se o seu interesse, mas como o fizeram de modo oficioso não podemos nomeá-los”.
As rotas para a América do Sul e para África, em rápido crescimento, são um dos principais activos da TAP. O outro é o hub de Lisboa, porque “foi graças à sua localização geográfica que a TAP conseguiu tudo”, sublinhou o CEO da companhia, nas declarações à “Reuters”.
À partida de Lisboa a TAP opera 75 rotas para 34 países, com destaque para as posições em África e nas Américas, sendo líder no tráfego aéreo entre a Europa e o Brasil.