Realmente, porque não quer ainda. Mais tarde, poderá ser tarde. A TAP, tendo sido criada em 14 de Marco de 1945, tem uma existência de quase 78 anos. Então, o que faltará à TAP para ser a maior companhia de transporte aéreo mundial?
Serão preconceitos e falta de vontade de trabalhar que impedirão a decisão de abrir a sua participação societária a potenciais investidores públicos e privados, sejam de Países da CPLP, sejam de Países onde há forte presença de emigrantes portugueses, seja de mercado puro e duro? Essa abertura já foi reflectida? Não será este o melhor momento?
Pessoalmente, e como passageiro, utilizei a TAP pela primeira vez em Julho de 1960, no percurso da então Lourenço Marques (hoje Maputo) – Lisboa, pela mão dos meus saudosos e queridos pais e no avião Super-Constellation. Quando comemorei cinquenta anos de passageiro frequente da TAP, fui agraciado com uma singela, mas significativa, cerimónia em Lisboa e fui cumprimentado pelo então seu Presidente, Fernando Pinto.
Algures nos anos oitenta e poucos, com o entusiasmo, dinamismo e capacidade empreendedora do então Chefe de Carga da TAP no Porto e querido amigo Angelino Carvalho, criámos as primeiras expedições em carga aérea de castanha fresca em quantidades razoáveis de Portugal para o Brasil, em concorrência com o transporte marítimo.
Haverá algum estudo de mercado relativamente às possíveis novas rotas, de uma possível nova TAP, entre os diversos mercados europeus, africanos, americanos e outros? Esta minha modesta e simples reflexão será que não passará de uma utopia? E por que não, uma provocação pela positiva?
Um simples exemplo de alguma capacidade empreendedora da TAP: foi criado este mês em Moçambique um nova oferta de serviço de carga aérea denominado DE MOCAMBIQUE PARA O MUNDO, uma parceria entre a empresa moçambicana Portador Diário, bem conhecida e muito utilizada em Moçambique em todas as suas Províncias, e a TAP Air Cargo. Assim se pode dinamizar o mercado de logística e transporte de carga de Moçambique para Portugal e através deste corredor possibilitar abrangência global com ênfase no mercado Europeu, diz a dado passo o seu comunicado conjunto.
O aeroporto internacional da cidade da Beira, Província de Sofala, Moçambique, no passado muito utilizado pela TAP, bem no centro do País, dotado de meios infraestruturais para partidas e chegadas, de passageiros e carga e trânsito e servir os Países vizinhos em trânsito. Que ligações diretas em transporte aéreo há entre o Brasil, América Latina e os Países do Continente africano, por exemplo?!? Na Beira não há falta de hotéis, portanto, que argumento lhes resta?
Pelo que sobre o futuro da TAP não serei nunca aliado dos “velhos do restelo”, andem eles por onde andarem. Acredito que a TAP, se assim o bem entender encontrará espalhados pelo Mundo emigrantes ou outros cidadãos de diversos Países que poderão dar o seu contributo, em termos opinativos sobre haver uma TAP podendo vir a ser a maior companhia mundial de transporte aéreo.
E a LAM, que caminhos depois de Março?
Importante também o facto de o Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala, a propósito da LAM Linhas Aéreas Moçambique, ter manifestado que algo terá de ser decidido sobre a companhia de transporte aéreo de Moçambique, seja a sua privatização ou transformação societária diferente da actual. Realmente, a dimensão geográfica de Moçambique e pelo menos os seus Países vizinhos, exigem uma especial e particular reflexão, sem contudo pôr de lado o tráfego intercontinental, seja de passageiros, seja de carga.
É o verdadeiro MUNDO DA CPLP em mudança. Não deveríamos todos estar atentos a estas mudanças, a estas oportunidades?????
FICA O DESAFIO!
Meu primeiro voo de avião na TAP foi num caravell de Lisboa para o Porto, 1970?
Bom dia, Entretanto quem amortiza sua dívida, se os lucros de 2022 nem chegam para pagar os juros dessa e os pilotos, pessoal de bordo e outros sindicatos já querem os salários por inteiro de volta, para não falar de mais indemnizações? Saudações Mário Palhavã