Fernando Pinto quer privatizar a TAP antes de terminar o mandato, no final de 2011.
O preço ainda está longe de fixado, mas o CEO lembra, em entrevista ao “JdN”, que a empresa precisa de ser capitalizada, e que precisa de uma injecção de capital de 500 milhões a 600 milhões de euros.
Quanto a potenciais compradores, Fernando Pinto diz que um parceiro financeiro, que não oriundo do sector da aviação, poderá servir perfeitamente os intentos da companhia.
A TAP registou no primeiro semestre perdas de 79 milhões de euros, mas o CEO ainda acredita no regresso aos lucros no final do exercício. A redução dos custos continua a ser um objectivo prioritário e daí o lançamento de um programa interno de poupanças, que deverá valer 178 milhões de euros até 2012.
O plano de poupanças arrancou este ano, exclusivamente com a “prata da casa”, e deverá traduzir-se em cerca de centena e meia de projectos de racionalização de custos e aumento da eficiência operacional.
Fernando Pinto garante, uma vez mais, que este será o seu último mandato à frente da companhia aérea nacional, mas diz que ficará na empresa até à assembleia geral de Abril de 2012, apesar de o seu mandato terminar no final de 2011.
Nos últimos dias surgiu a notícia de que o Governo estaria agora inclinado a privatizar a TAP a 100%, pressionado pela necessidade de fazer receitas e pelo novo momento de consolidação no sector aeronáutico a nível mundial. O Executivo, porém, apressou-se a desmentir, dizendo que se mantém o anunciado no PEC, ou seja, a intenção de vender uma participação no capital da transportadora.