Para evitar os problemas operacionais vividos este Verão, a TAP pondera adquirir mais um ou dois aviões para o próximo ano. O secretário de Estado dos Transportes diz que a companhia aprendeu com os erros.
O “Aristide de Sousa Mendes”, o último dos seis aviões encomendados pela TAP, começou a operar no network europeu da companhia na passada sexta-feira. Mais de um mês depois do inicialmente previsto.
Os seis aviões adquiridos pela companhia aérea nacional deveriam ter sido entregues em Junho, a tempo de sustentarem o lançamento das novas rotas, mas houve atrasos na preparação dos aparelhos – dois A330, dois A320 e dois A319 – e na formação do pessoal. Resultado: dezenas de voos tiveram de ser cancelados.
Como se isso não bastasse, sucederam vários incidentes técnicos, que forçaram a não realização de voos ou a interrupção de várias ligações quando os aviões já estavam no ar e tiveram de fazer meia volta.
Para evitar a repetição dessas ocorrências, “já decidimos que teremos um avião de reserva no próximo ano”, afirmou Fernando Pinto, CEO da companhia, à saída de uma reunião com o ministro da Economia e o secretário de Estado dos Transportes. “Analisamos até a hipótese de duas aquisições, dois aviões de reserva, de longo ou médio curso”, acrescentou.
Na reunião com a tutela estiveram também os dirigentes das áreas da Manutenção e Engenharia da TAP.
No final do encontro, o secretário de Estado Sérgio Monteiro deixou claro que “o problema está sanado, mas não se pode repetir”. E sobre os planos da TAP, disse: “Pareceu-nos uma boa atitude: aprender com os erros que podem existir do ponto de vista do planeamento operacional e fazer tudo para que no próximo ano exista uma resposta diferente”.