A TAP terá de vender a participação minoritária que detém na Groundforce, mas não terá de o fazer já, nem a qualquer preço. E manter-se-á como principal cliente, disse o ministro Pedro Nuno Santos.
“Nada muda no que diz respeito à situação da Groundforce propriamente dita. O que vai acontecer é que a TAP vai deixar de ser sócia minoritária da Groundforce”, disse o ministro das Infraestruturas e da Habitação, em conferência de imprensa, após a aprovação do plano de reestruturação da TAP pela Comissão Europeia.
“A TAP será, não sei se posso dizer isto, mas acho que posso arriscar dizer que vai ser a principal cliente da Groundforce”, acrescentou o governante.
O plano de reestruturação “estabelece um pacote de medidas para racionalizar as operações da TAP e reduzir os custos”, nomeadamente a alienação de “activos não essenciais” como a manutenção do Brasil, a Cateringpor e a Groundforce.
No entanto, Pedro Nuno Santos garantiu que as vendas só acontecerão quando surgirem “propostas adequadas, compatíveis com os interesses da TAP e do país”. Até porque não há pressa, com as alienações a terem de acontecer apenas até ao final do prazo do plano de reestruturação, em 2025, acrescentou.
O ministro sublinhou que a Groundforce é uma empresa “muito importante para o país e para a TAP” e com quem querem continuar a trabalhar.
A Groundforce, que está em processo de insolvência, é detida em 49,9% pelo grupo TAP e em 50,1% pela Pasogal, de Alfredo Casimiro.
No dia 22 de setembro, os credores da Groundforce, reunidos em assembleia, no tribunal de Monsanto, em Lisboa, aprovaram a recuperação da empresa, tal como sugeriam os administradores de insolvência.
Os administradores de insolvência têm 120 dias, desde o final da assembleia, para apresentar um plano de recuperação.
TAP já vendeu a manutenção no Brasil, negócio ruinoso do ex-presidente Fernando Pinto que acumulou centenas dde milhões de euros de prejuízos enquanto durou pagos pelos contribuintes portugueses como as dívidas, claro