A TAP estará a pagar entre 3% e 28% a mais que a concorrência pelos Airbus comprados ao tempo de David Neeleman, calcula a Airborne Capital.
A notícia é avançada pelo “Eco”, que cita um relatório daquela consultora, especialista em leasing de aviões, contratada pela TAP para avaliar a suspeita de que a companhia aérea nacional estaria a pagar pelos aviões mais do que é normal no mercado.
Em causa está o negócio de renovação e expansão da frota da TAP, após a sua privatização, com a gestão luderada por David Neeleman (e Humberto Pedrosa) a acordar com a Airbus a troca de uma encomenda de 12 A350 (de que a TAP seria uma das companhias de lançamento) por 53 outros aparelhos de diferentes tipologias.
No ano passado, a TAP “percebeu” que estaria a pagar mais que o “normal” quando tentou renegociar o contrato com a Airbus.
De acordo com a Airborne Capital, e comparando com os preços de outras dez encomendas dos mesmos modelos, a TAP estará a pagar mais 20-28% face aos preços mais baixos. e mais 3-13% face aos preços mais altos.
Somando o que a transportadora teria poupado nos A350, a consultora estima um prejuízo global de 444 milhões de euros.
Os dados do relatório da Airborne Capital surgiu numa altura em que se soube que o Ministério Público abriu um inquérito ao negócio da compra dos Airbus, na sequência de participações do então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do actual ministro das Finanças, Fernando Medina.