A TAP vai repensar a sua participação e a sua manutenção na Groundforce, mas não tem planos para optar pelo self handling.
“Sim, a TAP vai repensar a sua participação na Groundforce e a sua manutenção na Groundforce”, disse o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, ouvido na Assembleia da República, em resposta à deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda.
O governante reiterou, no entanto, que isso nada tem a ver com “o receio que possa existir” de que a TAP se prepara para fazer self handling.
“Aquilo que eu posso dizer aqui é que não é objectivo do Governo que a Groundforce caia ou desapareça, nós não pretendemos substituir a Groundforce por self handling, não é esse o nosso projecto, não é essa a nossa intenção”, sublinhou o ministro.
Pedro Nuno Santos disse que o futuro da empresa de handling ainda não está definido, uma vez que o grupo TAP é accionista minoritário da Groundforce, com 49,9% do seu capital, mas que há “um processo a decorrer” que exige “alguma paciência”.
“A participação da TAP na Groundforce, essa sim, está a ser equacionada”, reiterou.
Na sua audição na Assembleia da República, o ministro foi particularmente crítico de Alfredo Casimiro, o accionista maioritário da Groundforce, através da Pasogal, acusando-o de ter tentado enganar o Estado, de querer manter a sua posição sem injectar dinheiro na empresa e lembrando que o empresário só pagou as acções da companhia de handling anos depois de as ter comprado e depois de ter recebido muito mais dinheiro do que aquele que entregou.
Depois de semanas de negociações com o accionista privado, Alfredo Casimiro, que detém 50,1% da Groundforce, foi possível chegar a um acordo para desbloquear verbas para o pagamento dos salários em atraso aos 2 400 trabalhadores., mediante a compra, pela TAP, dos equipamentos da Groundforce.
Mas o futuro da companhia permanece uma incógnita.