O TCL vai utilizar parte do terrapleno do Terminal Multiusos de Leixões para parquear contentores, apurou o TRANSPORTES & NEGÓCIOS. O acordo com a APDL prevê o pagamento de uma renda pela utilização do espaço igual à praticada no terminal de contentores.
O novo terminal multiusos de Leixões dispõe de um terrapleno de cinco hectares. O acordo entre o TCL e a APDL prevê a ocupação de três hectares. “Pelo menos para já”, não está prevista a operação de navios no local (o terminal dispõe de um cais com 155 metros de comprimentos e fundos de -8,5 metros).
O espaço será antes usado para parquear contentores, suprindo as limitações de espaço que cada vez mais se fazem sentir no terminal de contentores Sul, avançou Lopo Feijó ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
Para tornar operacional o espaço, o TCL projecta deslocar para o terminal Multiusos pessoal e equipamentos de movimentação de cargas, “além do que teremos de investir na extensão da infra-estrutura de comunicações que temos nos nossos terminais até àquele extremo do porto”, acrescentou o administrador do TCL.
A separação física entre os dois espaços é um sério inconveniente, porque “nos obriga a “passear” os contentores pelo porto, lamenta Lopo Feijó, mas trata-se de “uma solução de recurso, que poderá tornar-se ainda mais útil quando se avançar com as obras de ampliação do terminal de contentores Sul”.
O acordo entre o TCL e a APDL é válido por períodos de um mês automaticamente renováveis. A concessão do terminal Multiusos não está nos planos imediatos da administração portuária, até porque a obra foi feita com financiamento comunitário, o que imporá algumas restrições temporais.
O TCGL, concessionário dos terminais de granéis sólidos e carga geral de Leixões, foi quem “estreou” o terminal Multiusos, tendo ali operado um navio carregado com 744 toneladas de madeiras exóticas.
Ao que o TRANSPORTES & NEGÓCIOS apurou, o TCGL terá chegado a um entendimento com a APDL semelhante ao do TCL, ficando com os restantes dois hectares de terrapleno disponíveis.