A TCL, concessionária do terminal de contentores de Leixões, acaba de colocar uma encomenda para um pórtico de cais panamax e um pórtico de parque, num montante de 8,2 milhões de euros, avançou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Lopo Feijó, administrador executivo da empresa.
Os equipamentos serão fornecidos pela portuguesa Eurocrane. Ambos ficarão instalados no terminal de contentores Sul (do lado de Matosinhos). O pórtico de parque deverá estar operacional já em Janeiro do próximo ano e o pórtico de cais em Maio seguinte.
Ambos os pórticos têm características semelhantes aos últimos adquiridos pelo TCL, salvaguardadas as melhorias que a contínua actualização dos softwares de operação sempre permite.
Em termos operacionais, a instalação do terceiro pórtico do tipo panamax no terminal de contentores Sul representará “um aumento de produtividade na linha de cais de cerca de 20%, porque poderemos ter até dois navios a serem operados em simultâneo por dois pórticos”, sublinhou Lopo Feijó.
Uma melhoria que implica a “reformulação do layout” do terminal, e coloca mais pressão para a desejada expansão daquela infra-estrutura. “Porque não se justifica investir na frente de cais se a retaguarda em terra não tiver a mesma capacidade de resposta”, acrescentou o dirigente do TCL.
A expansão do terminal de contentores Sul tem vindo a ser falada entre a concessionária e a APDL pelo menos desde que o TCL ultrapassou a fasquia dos 400 mil TEU (e aposta este ano em chegar aos 500 mil). A questão reveste-se de algum melindre, reconhece Lopo Feijó, mas “a expansão é um imperativo. Caso contrário, quem perde é o porto de Leixões e o tecido empresarial da região”, enfatizou.
Com o investimento de 8,2 milhões de euros agora contratado, o TCL aproxima-se dos “50 milhões de euros” de investimento desde o início da concessão, em 2000. “O modelo financeiro previa 43-44 milhões de euros até ao final dos 20 anos da concessão”, referiu ainda Lopo Feijó.
E rematou: “estamos a investir agora para nos posicionarmos para o futuro, em que as trocas comerciais terão de ser mais intensas, nomeadamente as exportações, tão apregoadas pelo Governo. E para isso haverá necessidade de dotar os portos de meios capazes, quer do lado do mar, quer do lado de terra. O TCL está a fazer o seu trabalho, pelo lado do mar. Haverá que fazê-lo também do lado de terra, mas aí o assunto não depende só de nós.”.