A TCL e a APDL estão a negociar a expansão do terminal de contentores Sul. Mas Lopo Feijó, o presidente da concessionária, já olha para o novo terminal anunciado pelo PET.
Nos quase 12 anos que leva a concessão do terminal de contentores de Leixões, a TCL já investiu cerca de 45 milhões de euros. Que passarão a 51 milhões em Maio próximo, quando ficar operacional o novo pórtico de cais panamax. O contrato da concessão impõe um investimento de 60 milhões de euros ao longo de 25 anos.
Na mesma linha, a evolução do movimento de contentores está a superar o previsto contratualmente, garante o presidente da concessionária. “Apesar das dificuldades que surgiram com a crise, e que ainda persistem”, afirmou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, à margem da cerimónia que marcou a movimentação do 500 000.º TEU em Leixões. “Um recorde nacional absoluto”, frisou.
Com uma capacidade teórica de 650 000 TEU, o terminal de contentores de Leixões “precisa de aumentar a sua área para continuar a crescer e manter a produtividade ao nível do que de melhor se faz na Europa”. A expansão do terminal de contentores Sul tem vindo a ser negociada com a administração portuária. “A TCL está disponível para investir, dependendo das condições”, garante Lopo Feijó, ao mesmo tempo que deixa o aviso, em jeito de alerta: “esperemos que não façam a Leixões o que fizeram a Lisboa”.
Na prática, a expansão do terminal Sul far-se-á dentro dos limites físicos da concessão. A transferência da estação da CP, localizada paredes-meias, para o terminal previsto para a plataforma logística de Leixões, não será uma condição essencial ao alargamento, “porque podemos ir avançando por fases”, asseverou Lopo Feijó, que todavia defende a necessidade futura da integração do modo ferroviário no TCL.
O Plano Estratégico de Transportes recentemente apresentado pelo Governo prevê para Leixões um novo terminal de contentores. O líder da TCL prefere chamar-lhe “uma zona de expansão do terminal de contentores de Leixões” e lembra que “os terminais de contentores precisam de dimensão, de massa crítica. Espero que, mais uma vez mais, não se ceda à tentação de fazer “terminaizinhos””.
De qualquer modo, sublinha Lopo Feijó, caso a opção seja promover um concurso para a concessão do novo terminal, “a TCL estará, evidentemente, interessada e disposta a concorrer”.