Será, tudo o indica, um recorde nacional absoluto: em Março, o terminal de contentores de Leixões movimentou mais de 50 mil TEU.
Ajudados pela dinâmica exportadora do Norte e pelas dificuldades laborais vividas pelos seus concorrentes mais directos, o porto de Leixões e o TCL somam e seguem neste início de ano, na movimentação de contentores.
Em Março, a greve às horas extraordinárias, logo nos primeiros dias, e a greve geral de dia 22, que afectou vários portos, e em particular o de Lisboa, motivou vários armadores a desviarem para Leixões as suas escalas. O resultado está à vista.
Logo no dia 2, o TCL superou os 3 000 TEU movimentados num só dia (um recorde), e ao cabo dos 31 dias contabilizou 50 192 TEU. Um máximo em Leixões e no país, que deixa a confortável distância os mais de 48 000 TEU processados no Terminal XXI, de Sines, em Janeiro passado.
Na comparação com o mês de Março do ano passado, o resultado agora alcançado representa um crescimento de 13% em TEU, e de 14% em contentores.
Com três recordes mensais sucessivos, o TCL acabou o primeiro trimestre de 2012 com um total de 137 039 TEU movimentados, e um crescimento acumulado de 11%. Um resultado que surpreende mesmo os seus responsáveis.
Ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, Urbano Gomes, administrador da concessionária do terminal de contentores de Leixões, sublinhou que “a indústria do Norte tem sido uma surpresa, com a sua capacidade exportadora”. E Leixões “tem conseguido responder às necessidades, com a sua rede de feeders e com o aumento do número de destinos servidos”.
O crescimento já conseguido é uma boa “almofada” para o resto do ano, reconheceu aquele responsável. Todavia, lembrou, as incógnitas são mais que muitas e, à cautela, o orçamento do TCL para este ano aponta apenas para “um nível de produção idêntico ao do ano anterior”. Um objectivo prudente, como sublinhou Urbano Gomes, porque “nas condições previstas, fazer o mesmo que em 2011 já será um bom resultado”.