A Transtejo já pode avançar para a compra das baterias para os seus ferries eléctricos. O Tribunal de Contas deu o visto ao contrato com a Astilleros Gondán, anunciou a empresa.
O contrato prevê o fornecimento das nove baterias em falta para a frota de dez ferries eléctricos encomendados pela Transtejo, em Fevereiro de 2020, precisamente aos estaleiros asturianos, mas então sem contemplar as baterias.
A Transtejo tentou depois comprar os equipamentos em falta por ajuste directo, mas o Tribunal de Contas chumbou o processo, com duras críticas à administração da empresa, então liderada por Marina, que acabou por demitir-se.
Entretanto avançou novo concurso, com o mesmo preço-base (16 milhões de euros), que atraiu apenas duas empresas – a Astilleros Gondán e a Oceantia (uma startup portuguesa de produção de autocarros eléctricos) -, tendo os estaleiros ganho com uma proposta 250 euros abaixo do valor-base.
Agora, com o visto do Tribunal e Contas, a Transtejo “pode, assim, dar execução ao contrato, disponibilizando os 9 packs de baterias marítimas à Astilleros Gondán, S.A., para a devida instalação nos 9 navios em construção”, refere a empresa em comunicado.
Dez meses é o prazo fixado para a entrega dos equipamentos.
Entretanto, fica ainda a faltar a contratação dos serviços de manutenção das baterias por um período de dez anos. Que estava incluída no concurso original para o fornecimento das baterias, mas que foi entretanto retirado para conter a inflação dos preços.