Os navios movidos a gás natural (GNL) libertam para a atmosfera metano, que é pior para o ambiente que o dióxido de carbono, sustenta a Transport & Environement (T&E).
A organização ambientalista sustenta que o GNL é constituído em mais de 90% por metano, um gás que a prazo tem um impacto no aquecimento da atmosfera 80 vezes superior ao do CO2.
De facto, concede a T&E, os navios a GNL não emitem fumo, mas libertam directamente para a atmosfera metano que não é queimado e que tem efeitos graves para o ambiente.
As emissões de metano não são visíveis a olho nu, mas podem ser detectadas com uma câmara de infravermelhos, sustentam os ambientalistas, que fizeram a experiência no porto de Roterdão, seguindo, entre outros, o porta-contentores Louvre, da CMA CGM, alimentado a GNL.
Sendo o metano um potente gás com efeito de estufa, os navios a GNL podem acabar por ser mais perniciosos para o ambiente que os alimentados com o combustível tradicional, asseguram. O caso é tanto mais preocupante quanto as encomendas de GNL estão em crescendo.
Só no ano passado foram encomendados mais navios a GNL que nos quatro anos anteriores e a T&E estima que em 2025 dois terços dos novos navios poderão ser a GNL, o que representará um quinto da frota mundial em operação.
A T&E sustenta, por isso, que a solução mais amiga do ambiente será a promoção do hidrogénio como combustível dos navios.