Teresa Gonçalves demitiu-se da presidência do Grupo SATA, alegando “razões pessoais e de contexto. O presidente do Governo dos Açores garantiu que a saída não afectará os processos em curso na empresa.
Um ano depois de assumir a liderança do Grupo SATA, substituindo Luís Rodrigues, que saiu para presidente da TAP, Teresa Gonçalves demitiu-se, sem detalhar qualquer justificação, com efeito a partir do final do mês.
Coincidência ou não, a resignação de Teresa Gonçalves acontece poucos dias depois de o júri do processo de privatização da Azores Airlines ter avisado para as fragilidades do único candidato admitido a concurso, aconselhando a SATA (e o Governo Regional) a quererem saber mais antes de decidir.
No ano em que foi liderado por Teresa Gonçalves, o Grupo SATA transportou 2,4 milhões de passageiros e atingiu um volume de receitas de 395 milhões de euros, superando largamente os números de 2022 e 2019.
Reagindo à demissão, José Manuel Bolieiro, presidente açoreano, garantiu que “todos os procedimentos não ficarão suspensos, nem interrompidos, por causa da sua decisão por razões pessoais e de contexto”.
Sobre a decisão do júri do concurso público da privatização da Azores Airlines, o líder do Executivo salientou que o processo decorreu com “total independência” e “transparência”, e elogiou a “capacidade técnica” dos jurados. “Está a ser feito o que tem de ser feito e não está a ser feito o que não deve ser feito, nomeadamente intromissões do governo”, salientou.