A EasyJet deverá ser a primeira companhia “low cost” a operar no Terminal 2 do aeroporto da Portela, a partir do Inverno do próximo ano.
A companhia anunciou ontem a criação de uma base na capital, que arrancará com três aviões e o lançamento de dez novas rotas. O investimento anunciado é de 300 milhões de euros. Prometidos são dois mil postos de trabalhos, sendo 100 a 150 directos, e os restantes induzidos pelo acréscimo do número de passageiros (a companhia espera mais um milhão/ano).
Lisboa terá ganho a base da EasyJet em compita com outros 57 aeroportos. Para tal contribuíram os apoios a conceder pela ANA (redução de taxas) e pelo Estado português (através do programa de incentivo à criação/reforço de rotas e à captação de passageiros).
A existência do Terminal 2, e a possibilidade de ali operar terá sido igualmente determinante para a escolha da EasyJet. Aquela infra-estrutura foi inaugurada no Verão de 2007 e desde então tem estado exclusivamente ao serviço dos voos domésticos.
O Terminal 2 tem capacidade para processar 1 500 passageiros/hora e 66 voos diários. A zona de check-in dispõe de 22 balcões. A sala de embarque tem 12 portas de embarque. Não há mangas para aceder aos aviões.
A criação do Terminal 2 surgiu como uma solução de recurso para libertar espaço na aeorogare principal. A sua localização no extremo Sul do aeroporto cria algumas dificuldades operacionais, nomeadamente para a transferência dos passageiros e das bagagens oriundos ou destinados a outros voos.
Problemas que não se colocam com a mesma acuidade quando se fala das “low cost”.
A EasyJet irá para o Terminal 2 da Portela mas não ficará sozinha. A ANA pretende transferir para ali as outras companhias “low cost” que já operam em Lisboa e atrair outras, nomeadamente a Ryanair, com quem prosseguem as negociações.