Sem surpresa, o consórcio formado pela Global Liman Isletmeleri, pelo Grupo Sousa, pela Royal Caribbean e pela Creuers de Barcelona venceu a concessão do novo terminal de cruzeiros de Lisboa por um período de 35 anos.
A decisão foi hoje tomada pela Administração do Porto de Lisboa e fica apenas dependente do visto do Tribunal de Contas e da pronúncia da Autoridade da Concorrência.
O consórcio vencedor, único concorrente (engloba membros dos três candidatos iniciais), compromete-se a construir a nova gare de passageiros, na zona de Santa Apolónia, num investimento estimado de 22,7 milhões de euros. Além disso, propõe-se pagar à autoridade portuária uma taxa anual fixa de 300 mil euros, acrescida de 0,22 euros por cada passageiro (no ano passado foram cerca de 550 mil).
A prestação de serviços de pilotagem (e outros) à actividade do terminal de cruzeiros manter-se-á como fonte de receitas da APL (no ano findo representou cerca de 2,5 milhões de euros).
No comunicado emitido a propósito da concessão, a Administração do Porto de Lisboa destaca a qualidade dos membros do concessionário que, juntos, gerem terminais um pouco por todo o mundo, por onde passam cerca de 16 milhões de passageiros/ano, e transportam mais de cinco milhões de passageiros/ano.
A Global Liman Isletmeleri detém 40% do consórcio, o Grupo Sousa 30%, a Royal Caribbean 20% e a Creuers Barcelona 10%. Os turcos e os norte-americanos controlam a companhia catalã.
Com o novo terminal, Lisboa (que no ano passado ultrapassou o Funchal como maior porto de cruzeiros nacional) aposta em ultrapassar os 750 mil passageiros num horizonte de dez anos e ir além dos 1,5 milhões de passageiros no final da concessão.