O novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, Lisboa, vai estar a funcionar durante “este Verão”, apesar dos sucessivos atrasos na obra devido às condições meteorológicas e ao tipo de construção, garante a ministra do Mar.
Em Março, Ana Paula Vitorino apontou a entrada em funcionamento do terminal para “o mais tardar em Maio”. A 15 de Maio, à “Lusa”, a governante justificou o atraso com as condições climatéricas adversas que se sentiram em Lisboa, estimando então que a obra terminasse em Junho e prevendo a inauguração da infraestrutura “este Verão”.
Ontem, questionada pelos jornalistas durante uma visita à futura gare de cruzeiros em Santa Apolónia, a ministra assumiu que a obra não estará concluída em Junho, mas manteve o objectivo “de ter o terminal a começar a funcionar neste Verão”, sem, no entanto, concretizar uma data.
Ana Paula Vitorino justificou este atraso com os materiais utilizados e o tipo de construção. “Julgo que o rigor que está a ser aplicado nesta obra faz com que seja necessário um pouco mais de tempo do que estava previsto. Mas é por boas razões, porque, efectivamente, estão a ser aplicados, não só materiais, como a ser utilizados métodos construtivos, um pouco diferentes e inovadores (como o betão com cortiça), que exigem um pouco mais de tempo”, explicou a governante, indicando que o mau tempo foi outro dos factores que também atrasou o andamento da empreitada.
A ministra frisou, contudo, que o mais importante é “ter um novo edifício, uma nova funcionalidade que irá melhorar bastante, não só a qualidade de vida, como a economia da cidade, da região e do país”.
Ana Paula Vitorino explicou que o terminal permitirá receber mais cruzeiros, mais passageiros, com melhores condições, além de possibilitar que Lisboa receba outro tipo de cruzeiros, operações ‘turnaround’, “que permitirão deixar mais-valia na cidade” e “potenciar o turismo noutras áreas de Portugal”.
O futuro terminal de cruzeiros tem uma expectativa de tráfego, a curto/médio prazo, de 800 000 passageiros/ano (actualmente Lisboa movimenta cerca de 500 mil) e uma capacidade limite de 1,8 milhões de pessoas.
“Quer dizer que teremos uma infraestrutura que ainda dará para alguns anos e para acolher o crescimento que esperamos que exista”, vincou a ministra do Mar, lembrando que só em Maio “o movimento (…) cresceu 27% relativamente ao período homólogo do ano passado”.
“Não esperamos que se mantenham estas taxas de crescimento para sempre, mas isto diz-nos que temos muita margem de crescimento e que esse potencial de crescimento se está a concretizar”, defendeu a governante.