O porto londrino de Thamesport, detido pela Hutchison Ports Holding, deverá reinventar-se como terminal de carga fraccionada após ter perdido as principais linhas de contentores.
A decisão foi tomada após o grupo Armitt, operador logístico britânico, ter rubricado um acordo para a construção no porto de um terminal multimodal com cerca de 11 150 metros quadrados.
A construção do Armitt Multimodal Terminal irá avançar, segundo a empresa, ainda este mês. Será o primeiro de três investimentos do grupo em instalações semelhantes ao longo dos próximos três anos, com as outras duas a situarem-se nas Midlands e no Norte do Reino Unido.
O grupo Armitt indica, em comunicado, que escolheu Thamesport para construir o terminal multimodal devido aos cais de águas profundas que o porto oferece, bem como aos bons acessos rodo e ferroviários às maiores áreas populacionais do Sudeste e ao corredor para o Noroeste do Reino Unido.
O porto de Thamesport tem o futuro em risco depois de ter perdido, nos tempos mais recentes, alguns dos clientes mais importantes. No início do ano, a MacAndrews trocou Thamesport por Tilbury, em 2014 foi a Hamburg Süd a sair para London Gateway, e a Evergreen já o tinha trocado por Felixstowe, em 2013.
No final de Fevereiro, o CEO da Peel Ports, que opera o porto de Liverpool, admitiu publicamente a possibilidade de estudar a compra de Thamesport mas negou a existência de conversações nesse sentido com a Hutchison.
A Hutchison é proprietária do porto de Thamesport desde 1998. Aberto desde 1990, este porto, localizado na ilha de Grain, a cerca de 55 quilómetros a Leste de Londres, já foi considerado um dos mais avançados do mundo em termos de tecnologia.