A TIACA – Associação Internacional de Carga Aérea voltou a pedir à Comissão Europeia para suspender o arranque do Esquema de Comércio de Emissões (ETS), previsto para Janeiro.
Numa carta enviada à comissária europeia responsável pelo Clima, a TIACA insiste em que Bruxelas se envolva antes num acordo global sobre as emissões de carbono do transporte aéreo no âmbito da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO).
A TIATA lembra que a IATA prevê que as companhias sejam obrigadas a gastar 1,3 mil milhões de dólares, já em 2012, para comprar direitos de emissões, devendo esse valor subir para os 3,5 mil milhões de dólares cerca de 2020.
A associação sustenta, por isso, que não só o ETS promoverá a criação “massiva” de novas taxas no transporte aéreo, como afastará as companhias de investirem em tecnologias verdes.
A partir de Janeiro, todas as companhias – comunitárias ou não – que cruzem o espaço aéreo europeu terão de pagar pelas emissões poluentes (acima de um limite previamente fixado). A TIACA considera desde logo que o carácter unilateral da medida viola as leis e tratados internacionais.
A associação sustenta ainda que, ao contrário do anunciado, o ETS não contribuirá necessariamente para a melhoria do ambiente. Até porque, sugere, as companhias poderão optar por menos voos directos para reduzir os custos.
Em contraponto ao ETS europeu, a TIACA reafirma o seu comprometimento com os objectivos fixados no âmbito do Grupo de Trabalho do Transporte Aéreo, que apontam para um crescimento zero das emissões de carbono a partir de 2020 e uma redução líquida de 50% em 2050 comparativamente com 2005.
A TIACA espera, pois, que a Comissão Europeia acolhe as suas propostas alternativas e suspenda a implementação do ETS.