Os trabalhadores da Silopor, reunidos em plenário frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, decidiram dar mais um mês ao Governo para responder às suas reivindicações.
“Relativamente às carreiras e às situações de precariedade, o que os trabalhadores [da Silopor] afirmaram foi, caso daqui por um mês não haja resposta, voltamos ao Ministério das Finanças para exigir resposta”, disse à “Lusa” Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).
Os trabalhadores exigem a integração nos quadros da Silopor dos mais de 20 trabalhadores de empresas de trabalho temporário, alguns dos quais a prestar serviço diariamente na Silopor desde 2019, a valorização dos seus salários e carreiras profissionais, através da negociação da actualização do Acordo de Empresa para 2024, e o descongelamento das carreiras profissionais e recuperação do tempo de serviço prestado durante os anos da troika.
Segundo o CESP, as Finanças transmitiram hoje que estão a analisar o processo, mas não se comprometeram com um prazo para respostas.
“Os trabalhadores vão continuar a insistir, vão dar agora um tempo para o ministério analisar, mas não estamos disponíveis para esperar mais três ou quatro meses”, apontou Célia Lopes.
O sindicato pediu ainda uma reunião com a comissão liquidatária, para esta semana, com o objectivo de abordar questões ligadas à segurança de trabalho e saúde.
Em liquidação desde 2001 por decisão da Comissão Europeia, mas a dar lucro desde 2016, a Silopor pertence ao sector empresarial do Estado e é gerida por uma comissão liquidatária cujo mandato foi prolongado até Junho de 2025, a mesma altura em que acaba o contrato de concessão do Porto de Lisboa à empresa.