Os trabalhadores das administrações e juntas portuárias vão voltar à greve entre 4 e 8 de Junho, para reclamarem a assinatura do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) alcançado em Dezembro.
Na prática, o pré-aviso de greve do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações e Juntas Portuárias (SNTAJP) visa retomar a paralisação realizada em Março, e suspensa no dia 28 desse mesmo mês, “por solicitação da senhora ministra do Mar, com o objectivo de num prazo de quatro semanas resolver a situação com a tutela financeira [Ministério das Finanças]. Incompreensivelmente, ultrapassados todos os prazos, a situação não foi
desbloqueada”, lê-se no texto divulgado pelo sindicato.
A 29 de Março, a ministra do Mar nomeou um grupo de trabalho para estudar as propostas de revisão do ACT. Os resultados deveriam ser apresentados até ao final de Abril. Mas, a avaliar pela posição do sindicato, o trabalho não produziu efeitos.
A greve anunciada em vigorará “a partir das 00:00 horas do dia 4 de Junho de 2018 até às 24:00 do dia 8 de Junho
de 2018, em relação a todas e quaisquer operações e actividades em que devam ou possam intervir”, lê-se no aviso prévio de greve.
Adicionalmente, o sindicato declarou greve ao trabalho extraordinário, por tempo indeterminado, a partir das 00:00 do dia 29 de Maio.
O pré-aviso de greve aplica-se aos trabalhadores das administrações portuárias dos portos de Viana do Castelo, Douro e Leixões, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines, regiões autónomas da Madeira e dos Açores e
trabalhadores do terminal de granéis líquidos de Sines.
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