Trabalhadores da Groundforce e da Portway concentram-se hoje em frente à Autoridade Nacional da Aviação Civil, (ANAC), que o Sindicato dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos (Sitava) acusa de condicionar a actividade do handling.
Para poderem participar no plenário, foi convocada uma greve de três horas (das 11h às 14h) na Groundforce e uma greve entre as 5h e as 17h (por tempo indeterminado) na escala de Lisboa para a Portway, adiantou à “Lusa” o coordenador do Sitava, Fernando Henriques.
“[A concentração] Será em frente à ANAC, porque o seu presidente, Luís Ribeiro, tem vindo a ser um grande obstáculo a todo o trabalho que estamos a desenvolver”, explicou o dirigente sindical, acusando o supervisor da aviação de ter “licenciado ilegalmente a Ryanair e a Groundlink” na prestação de serviços de assistência em terra nos aeroportos, o que esteve na origem do despedimento colectivo na Portway.
O Sitava também está preocupado com o atraso no arranque das negociações para a renovação do contrato da Groundforce com a TAP: “A cada dia que passa os trabalhadores ficam mais intranquilos, porque não se concretizam as perspectivas de futuro”.
O contrato em vigor extingue-se a 31 de Julho de 2017 e “em condições normais as negociações começam um ano antes”, acrescentou.
O Sitava acusa o Governo de nada fazer, escudando-se na falta de decisão da ANAC sobre a reversão da privatização, em que o Estado volta a ficar com 50% do capital do grupo TAP.
“A ANAC vai alargando os prazos e isso vai deixando o futuro da Groundforce em suspenso. Agora diz-se que a decisão só chegará em 2017. De caminho estamos a seis meses do final do contrato e nada foi feito”, sustenta.
O receio do Sitava aumenta pelo facto de um dos novos donos da TAP, Humberto Pedrosa, integrar, através da Barraqueiro, um consórcio que está a concorrer a uma nova licença no handling.