O tráfego de encomendas processado pelos principais operadores em Portugal cresceu 25,8%, em 2020, tendo atingido 74,7 milhões de unidades, segundo a ANACOM.
Na mesma linha, o volume de negócios das encomendas cresceu 25,6%, para a casa dos 386 milhões de euros.
O acelerar do crescimento da actividade é justificado pelos efeitos da pandemia, que levaram mais pessoas a recorrer às compras online. A ANACOM lembra a propósito que, no ano passado, cerca de 45% dos indivíduos inquiridos disse ter utilizado o comércio electrónico nos últimos 12 meses, o que representa mais 5,8 pontos percentuais face a 2019.
Dos 74,7 milhões de encomendas, 66,8% foram nacionais, 22,9% tiveram origem noutros países e 10,3% foram enviadas para o exterior. As encomendas internacionais de entrada registaram o maior crescimento (+38,8%), seguindo-se as nacionais (+23,7%) e as internacionais de saída (+14,7%).
Cerca de 96,6% das encomendas internacionais recebidas em Portugal e 86,6% das expedidas tiveram como origem ou destino países do Espaço Económico Europeu (EEE).
Em termos de receitas, 50,5% das receitas foram geradas pelas encomendas nacionais, 17,6% pelas internacionais recebidas e 31,9% pelas internacionais de saída.
No ano passado, a receita média por volume foi de 5,17 euros, uma diminuição de 0,2%. A receita média unitária no tráfego doméstico cresceu 9,5%, ao passo que as receitas unitárias do tráfego de entrada e de saída recuaram 4,9% e 4.2%, respectivamente.
Ainda de acordo com o relatório da ANACOM, em 2020, o número de trabalhadores associados (não exclusivamente) à actividade aumentou 3%, mesmo se o número de trabalhadores a tempo inteiro (84,5% do total) recuou 0,6%.
Em 2020, os oito oito prestadores de serviços considerados no estudo do regulador subcontrataram 661 empresas. A maior parte das empresas subcontratadas esteve envolvida na distribuição (83,2%) e no transporte de encomendas (25,4%).