Com a crise no Mar Vermelho, o tráfego de navios pelo Canal do Suez caiu para metade, ou menos, enquanto na Rota do Cabo praticamente duplicou, calcula a Alphaliner. A entrada de novos navios deu uma ajuda, acrescenta.
O trânsito de navios no Canal do Suez caiu 55%, numa base semanal, desde que eclodiu a crise do Mar Vermelho, consequência do conflito entre Israel e o Hamas.
São menos cerca de 300 navios a menos no Suez, a cada semana que passa, refere a Alphaliner.
Ao invés, e em consequência da fuga dos navios aos ataques dos Houthis, o número de navios a utilizar a Rota do Cabo da Boa Esperança praticamente duplicou (+98%), acrescentou.
A tendência é transversal a todo o tipo de navios, mas nota-se particularmente no tráfego de porta-contentores pelo Suez, que nas últimas 13 semanas caiu quase 80%. No caso dos Magamaxes (navios de 24 000 TEU), eles praticamente desapareceram (-93,9%), acrescenta a consultora.
O desvio dos navios pela Rota do Cabo da Boa Esperança aumenta significativamente o tempo de viagem, reduzindo a capacidade disponível.
Porém, nota a Alphaliner, esse impacto negativo foi em parte atenuado pela entrada no mercado de novos navios. Só nas primeiras sete semanas do ano, diz a consultora, começaram a operar 16 navios de 13 200 – 16 000 TEU e um de 24 000 TEU.
Ainda assim, os atrasos avolumam-se e caso a situação de instabilidade perdure os operadores necessitarão de 2-3 navios extra por rotação para manterem os horários semanais entre o Extremo Oriente e a Europa.
Nos outros segmentos, a Alphaliner calcula uma quebra de 40,5% no tráfego de navios-tanque pelo Suez nas últimas nove semanas, e o regresso abaixo dos níveis de 2022 no caso dos graneleiros.