A ANA é a principal visada na carta aberta em que a APAT critica o esquecimento a que a actividade da carga aérea é votada em Portugal.
Desde 2017 que a APAT tenta, “sem sucesso”, diz, contactar a ANA – Aeroportos para debater as questões que afectam a carga aérea.
Agora, a associação dos transitários decidiu trazer o assunto para a praça pública, numa carta aberta endereçada ao ministro das Infraestruturas, ao director-geral da ANA, à presidente da ANAC e à directora-geral da AT, e que resulta do trabalho já desenvolvido pelo Fórum Nacional de Carga Aérea.
Os transitários (e não só) queixam-se, desde logo, das deficientes condições dos terminais de carga dos aeroportos de Lisboa e Porto, com “carga amontoada e espalhada pelos terminais, fora do perímetro de segurança e sem o devido acondicionamento”.
A falta de competitividade (à conta das deficientes instalações e não só) é outro motivo de preocupação para a APAT, que denuncia o desvio de cargas de exportação para Espanha e Norte da Europa (para onde seguem por camião), por ali os aeroportos operarem “sem as ineficiências que afetam o movimento de mercadorias por via aérea nos aeroportos do Porto e de Lisboa”.
Os procedimentos aduaneiros e de segurança também merecem críticas, com os transitários a queixarem-se da complexidade dos processos relativos aos estatutos de Agente Reconhecido e Expedidor Conhecido, e das dificuldades no rastreio de mercadorias.
A APAT termina a carta aberta denunciando a subvalorização da carga aérea (apesar da sua importância, evidenciada em plena pandemia) e defendendo a necessidade de melhorar a formação e atrair novos talentos para o sector.
Durante quase 10 anos o aeroporto da Portela foi abandonado por A Costa e F Medina o que se traduz na perda do HUB da DHL em Lisboa, a unica capital Europeia e da UE sem HUB de carga !