Os transportadores rodoviários de mercadorias portugueses deverão aumentar este ano o volume de negócios e a rendibilidade, prevê a DBK no seu estudo sectorial para a Península Ibérica.
O mercado nacional de transporte rodoviário de mercadorias deverá crescer este ano 1,7%, face a 2014, para 2,67 mil milhões de euros, prevê a DBK no seu estudo sectorial para a Península Ibérica. O que representará ma aceleração face ao crescimento de 1% registado no ano passado (relativamente a 2013).
Os transportadores rodoviários de mercadorias deverão, assim, aumentar as suas receitas e também as suas margens operacionais, ajudados pela maior procura e pelo menor preço do combustível, que representa cerca de um terço dos custos, sublinha a DBK. Isto depois de anos em que os fretes estiveram sob pressão em baixa.
Em Portugal, a DBK contou 7 937 empresas de transporte rodoviário de mercadorias, com um parque global de 23 228 veículos, o que dá uma média de 2,9 veículos por empresa.
Apesar desta atomização excessiva, as cinco maiores operadoras portuguesas concentram uma quota de mercado de 17,5%, segundo a DBK. E as dez maiores controlam 26,5% do mercado.
Mercado espanhol cresce 2,3%
Em Espanha, o mercado de transporte rodoviário de mercadorias deverá crescer este ano 2,3% (1,9% em 2014) e atingir os 13,5 mil milhões de euros, avança a DBK.
No país vizinho o sector integra 100 339 empresas, que operam com 293 313 veículos, o que representa um nível de atomização do mercado igual ao português. Ou pior até , considerando que ali os cinco maiores operadores detêm 10,8% do mercado e os dez maiores 18,2%.
Em Espanha, o transporte nacional garante cerca de 80% da produção, ao passo que em Portugal os tráfegos internacionais representam 50% das toneladas-km realizadas, sublinha a DBK.