Torres Novas tornou-se, na passada segunda-feira, no 11.º concelho da região do Médio Tejo a dispor do serviço de Transporte a Pedido.
O sistema foi lançado há cinco anos, por iniciativa da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Arrancou em Mação e hoje abrange também Abrantes, Alcanena, Constância, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha, Ferreira do Zêzere e, agora, Torres Novas, servindo uma população de 250 mil habitantes, 60% dos quais vive em lugares com menos de 2 000 almas.
Ao cabo de cinco anos de experiência, constata-se que, em média, o serviço de Transporte a Pedido supre as necessidades das populações realizando apenas cerca de 7% dos quilómetros que seria necessário percorrer com um serviço de base regular.
“O serviço de Transporte a Pedido distingue-se do transporte regular de passageiros uma vez que é o cliente que gera o pedido da viagem, permitindo que apenas sejam realizados os percursos necessários de acordo com as reservas previamente feitas”, explica Paulo Alexandre Gomes, director de Automação e Telemática Rodoviária da GMV Portugal, citado em comunicado.
Antes da implementação do serviço Transporte a Pedido, recorda a tecnológica, “a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo tinha um serviço de transporte de passageiros muito escasso nas zonas de mais baixa densidade populacional [e] os horários estavam grandemente adaptados apenas ao transporte escolar, com quebras muito significativas do serviço ao longo do dia, aos fins-de-semana e feriados e nos períodos de férias escolares”.
Para a optimização da utilização do serviço foram determinantes as parcerias com os centros de saúde da região, no sentido de articular os serviços de transporte com os dias das consultas. Até porque, verificou-se, 67% das viagens realizadas tem a ver com questões de saúde.
Com isso, a taxa de cobertura dos custos do sistema pelos proveitos também evoluiu, ao longo dos cinco anos, dos 8% iniciais para os 35% de agora.