O transporte de contentores pelo rio Tejo, um dos projectos em que o Porto de Lisboa aposta, não será viável sem apoios financeiros, admite o presidente da APL.
O projecto de navegabilidade do Tejo, para o encaminhamento de contentores, de e para os terminais do porto de Lisboa, não terá viabilidade económico-financeira, de acordo com os estudos já realizados. Ainda assim, José Castel-Branco, presidente em exercício da administração portuária da capital, mantém o objectivo de ter a obra em fase de conclusão em 2024.
A navegabilidade do Tejo foi um dos temas abordados no último “Conversas fora de bordo”, promovido pela APAT, e com o apoio do TRANSPORTES & NEGÓCIOS. O transporte de contentores pelo rio, em barcaças, é um projecto de há anos e visa criar uma acessibilidade alternativa aos terminais de contentores do porto lisboeta.
No plano das ideias, parte dos contentores que hoje chegam ou partem do porto em camião seria transferida para o transporte fluvial, numa ligação entre os terminais e a zona de Castanheira do Ribatejo, para onde o Grupo ETE tem projectado um cais fluvial e respectivo terrapleno.
A solução implica intervenções no canal navegável (dragagens avaliadas em 10-12 milhões de euros), a cargo da administração portuário e que estão a ser objecto do necessário estudo de impacte ambiental, e, claro, o envolvimento de operadores no transporte propriamente dito.
O problema é que os estudos já feitos apontarão para que o negócio seja deficitário. Por isso, adiantou José Castel-Branco, a solução será candidatada a fundos europeus, enquanto a exploração do terminal fluvial deverá ser objecto de uma concessão a um parceiro privado.
Em todo o caso, o presidente em exercício da APL aspira a que, “na melhor das hipóteses, em 2024 teremos a obra em fase de conclusão).