Depois de ter caído quase 15% no primeiro trimestre, o transporte rodoviário de mercadorias cedeu mais 11,2% entre Abril e Junho, assinala o INE.
A quebra da actividade, medida em toneladas-km, foi particularmente sentida nos tráfegos nacionais, que perderam quase 24%, ao passo que o tráfego internacional apenas recuou 2%.
Também por isso, os resultados da produção foram, apesar de tudo, menos maus do que os registados nos volumes transportados. Em tonelagem, o segundo trimestre saldou-se por uma quebra de quase 19%, ainda assim menos que os 21% registados entre Janeiro e Março, contabiliza o INE. Também aqui, a actividade doméstica perdeu mais (quase 20%) que a operação internacional (praticamente 5%).
Na mesma linha, foram os transportadores por conta própria quem mais reduziu a operação. Quer em toneladas-km, onde cederam 14% (contra 11% do parque por conta de outrem), quer em toneladas transportadas, onde quebraram 24% (contra perto de 15%).
No tráfego internacional, de longe o mais importante em termos de produção de toneladas-km, o INE sublinha que o rácio de mercadorias carregadas/descarregadas em Portugal foi deficitário com Espanha (77,3%) e com Itália (76,1%) e favorável nas relações com França (254%), Alemanha (211%) e restantes países da UE-27 (102%).