A liberalização dos mercados domésticos de transporte ferroviário de passageiros entra hoje em vigor, mas a concorrência só surgirá em meados de 2021… em Espanha.
A partir de hoje, os operadores incumbentes perdem o exclusivo do transporte ferroviário de passageiros dentro dos respectivos países. Mas tal não significa que em breve seja possível apanhar os comboios de outras companhias.
Por cá, a entrada de novos operadores no mercado está fora de causa, pelo menos, até 2022. Pela Covd-19, por falta de interesse dos operadores potenciais e pelo enquadramemto legal e administrativo considerado nada atraente.
Em Espanha as coisas estão mais avançadas, tendo sido já escolhidos os dois primeiros concorrentes da Renfe na Alta Velocidade. Mas só em Maio de 2021 a Ouigo, da SNCF, começará a operar no Madrid – Barclona, enquanto a Ilsa, de Trenitalia e Air Nostrum, se fará esperar até 2022.
Ouigo quer ser rentável em meses
Não ter sobrecustos é o “segredo” da SNCF para fazer prosperar o seu serviço low cost Ouigo, lançado em França em 2013 e que agora chegará a Espnha.
Comboios de elevada capacidade, pessoal próprio, horários escolhidos criteriosamente e uma forte aposta na digitalização permitem aspirar a ser rentável dentro de poucos meses, mesmo praticando preços 50% inferiores, no mínimo, aos da Renfe, referiu, em entrevista à Business Insider, a CEO da Ouigo, Hélène Velenzela.
A companhia dispõe de uma frota de 14 comboios de dois anadares, com uma lotação de 509 lugares, que andarão sempre acoplados aos pares, oferecendo uma capacidade de mais de mil lugares em cada ligação.