O Parlamento Europeu aprovou hoje a inclusão do transporte marítimo no Esquema de Comércio de Emissões (ETS, na sigla em inglês).
Afinal, depois de, há cerca de 15 dias, terem recusado a integração do transporte marítimo no ETS, os eurodeputados votaram hoje, por larga maioria (439 votos a favor, 157 contra e 32 abstenções) a inclusão do shipping no comércio de licenças de emissões poluentes.
Se as pretensões d o Parlamento Europeu forem avante (ainda faltam as negociações com os estados-membros), já a partir de 2024 ficarão sujeitas ao esquema de comércio de emissões 100% das emissões de CO2 do transporte marítimo intra-europeu.
No caso das viagens de/para a UE com origem/destino em países não europeus, 50% das emissões terão de ser incluídas no ETS até ao final de 2026.
A partir de 2027, pretende-se que todas as emissões de CO2 sejam sujeitas ao comércio de licenças, com a possibilidade de derrogações para países terceiros, em condições muito específicas.
Para acelerar ainda mais a descarbonização, os eurodeputados decidiram aumentar, de 61% para 63% a redução das emissões até 2030 face a 2005. E pretendem que o comércio de emissões se estenda a todos os GEE e não apenas ao CO2.
75% das receitas provenientes da venda das licenças de emissões deverá ser canalizado para um fundo dos oceanos, para financiar a transição energética.