Em Portugal, os operadores de transportes públicos estarão a perder 80 milhões de euros de receitas tarifárias a cada mês, por causa da Covid-19.
A previsão é da UITP (União Internacional de Transportes Públicos) e consta de um documento síntese sobre o impacto da Covid-19 nos operadores de transportes públicos europeus. Em Portugal, as perdas dos operadores públicos resultam, claro, da redução das receitas da vendas de passes e bilhetes, uma situação que se repete por toda a Europa. Na vizinha Espanha, o prejuízo mensal estimado é de 250 milhões de euros.
No total, as perdas estimadas dos operadores de transportes públicos europeus em 2020 deverão atingir os 40 mil milhões de euros, avança a UITP.
O país mais castigado em 2020 deverá, segundo a entidade, ser a Alemanha, com perdas entre cinco mil milhões e sete mil milhões de euros. França não ficará muito longe com as perdas só na região de Paris a rondarem 2,3 mil milhões de euros e o resto do país a poder ter de “arcar” com prejuízos de três mil milhões.
Também em Itália a “factura” da crise pandémica para os operadores de transportes públicos será enorme, com a UITP a estimar um défice tarifário de 1 500 milhões, devido à perda de passageiros. Só a Milan Transport calcula perdas a rondar 250 milhões de euros e a região de Emilia-Romagana estima quebras mensais de 20 a 25 milhões de euros.
Quanto a outros países, a UITP estima prejuízos a rondar mil milhões de euros nos Países Baixo e de 150 milhões na Áustria. Na Suécia, os operadores de transportes públicos perdem 100 milhões de euros todos meses. Quanto a outros países da Escandinávia, a Finlândia deverá ter prejuízos de 192 milhões em 2020 (dos quais 150 milhões pelos transportes públicos da área metropolitana de Helsínquia) e a Noruega deverá ter uma “factura” de 334 milhões, divididos em 200 milhões de euros (dos quais 100 foram registado em Março e Abril) dos transportes públicos “normais” e outros 134 milhões em transportes escolares.