Só no segundo semestre de 2024 a Transtejo prevê operar as ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul com os novos ferries eléctricos, para os quais já comprou as baterias.
O novo prazo foi adiantado pela presidente do Conselho de Administração da Transtejo, no decurso de uma audição parlamentar, requerida depois do “chumbo” do Tribunal de Contas à compra por ajuste directo das baterias para os ferries eléctricos encomendados aos Astilleros Gondán.
Alexandra Ferreira de Carvalho disse aos deputados que, além do “Cegonha Branca” que “já cá está com todo o equipamento e com as tripulações em formação desde Julho”, existe um segundo navio, “em teste ao cais”. O terceiro navio será lançado à água para testes a 4 de Maio de 2024 e o quarto até ao final de Setembro do próximo ano. A encomenda compreende dez navios.
“Se tudo correr bem, vamos começar [as operações] no segundo semestre de 2024”, disse, referindo que já foi enviado para o Tribunal de Contas o novo contrato de aquisição das baterias.
O novo contrato resulta do concurso lançado em Junho passado para comprar as nove baterias eléctricas em falta para outros tantos navios. O preço base era 16 milhões de euros e o vencedor, a Astilleros Gondán, propôs cobrar menos 250 euros. O outro concorrente, a Oceantia, uma startup portuguesa de autocarros eléctricos, apenas “descontava” um euro.
Na prática, se o Tribunal de Contas aceitar o novo contrato, tudo regressa à normalidade, com a Astilleros Gondán a fornecer os navios e as baterias, com previsto desde o início.
De acordo com o contrato, a primeira das nove baterias terá de ser entregue até ao final de Outubro, com duas mais a serem entregues até ao final de Novembro. As restantes seis terão de ser entregues até finais de Fevereiro, Abril e Junho, duas de cada vez.
As mentiras na Transtejo continuam como em relação conclusao da ferrivia da Beira Alta pior que João Galambão é impossivel, chega de corrupção !
Do ponto de vista técnico, incluindo a segurança, é desejável que as baterias sejam fornecidas pelo fabricante dos navios. As baterias de lítio têm o risco de incendio em condições de temperatura anormais (ponto de fusão do lítio: 180ºC), como aliás tem sido noticiado, nalgumas marcas de automóveis elétricos e nas instruções de transporte nos aviões de aparelhos com baterias de lítio. Esta condição não foi atendida pelo Tribunal de Contas no primeiro concurso. Esperemos que agora não introduza mais atrasos.