O Grupo Transtejo, que assegura as ligações fluviais no Tejo, em Lisboa, confirma que tem 12 dos seus 30 navios imobilizados, estando oito em manutenção.
Em comunicado, o grupo, que agrega a Transtejo e a Soflusa, adianta que, das 12 embarcações imobilizadas, “oito estão em manutenção, sendo expectável que, nas próximas semanas, três desses navios regressem ao serviço”.
A empresa, que integra a Transportes de Lisboa, explica ainda que existem quatro navios imobilizados por estarem em processo de obtenção de novo certificado de navegabilidade. “Estavam envolvidos no anterior processo de alienação, entretanto suspenso, por isso não podiam ser considerados parte da frota disponível”, adianta.
A Transtejo refere ainda que que está empenhada no plano de manutenção, garantindo que dispõe de todas as certificações necessárias às intervenções que realiza na frota.
O PCP, através dos deputados eleitos por Setúbal, questionou o Governo sobre a situação da empresa de transporte fluvial, frisando que, devido à falta de trabalhadores e a “constrangimentos operacionais”, existem serviços que não são efectuados.
“São cancelados, em média, seis serviços por dia na Transtejo e seis por semana na Soflusa”, referem os deputados, acrescentando que se regista uma “grande mobilização de embarcações”.
“Na Transtejo, é quase na ordem dos 50 por cento, em consequência da falta de manutenção da frota, das avarias não resolvidas e da falta de renovação dos certificados de navegabilidade. Isto provoca a supressão de cada vez mais carreiras, com claros prejuízos para os utentes”, acrescentam os parlamentares comunistas.
Os deputados questionaram o Governo sobre que medidas estão consideradas para a “adopção urgente de [um] plano de modernização” da frota da Transtejo e Soflusa e implementação de um plano de manutenção que devolva a fiabilidade à operação.