O Tribunal de Comércio de Paris decidiu adiar por uma semana a decisão sobre a venda dos activos da SeaFrance. Provavelmente para avaliar da viabilidade de lançar uma segunda consulta ao mercado.
Fontes do sector citadas nos media internacionais alertam para o facto de as propostas de compra apresentadas pela Eurotunnel, pela DFDS e pela Stena ficarem muito longe do montante das dívidas deixadas pela SeaFrance, que se estima chegue aos 150 milhões de euros.
Por outro lado, é também dito que os navios da SeaFrance valem mais do que aquilo que os potenciais compradores se propõem pagar por eles.
É, assim, possível que o tribunal decida anular este concurso e opte por lançar um novo, na expectativa de atrair mais interessados, ou de que os actuais concorrentes melhorem as suas propostas.
A Eurotunnel oferece 65 milhões de euros por todos os activos da SeaFrance (e desde logo os três navios), e propõe-se recolocá-los ao serviço na Mancha, numa nova companhia que dará corpo ao projecto apresentado pela comissão de trabalhadores da companhia falida e que empregará cerca de 500 ex-funcionários. O projecto é liderado por um ex-director executivo da Brittany Ferries.
A DFDS, por seu turno, em parceria com a Louis Dreyfus, propõe-se comprar o Berlioz por 30 milhões de euros, ou o Rodin, por 25 milhões de euros, ou ainda os dois por 50 milhões de euros.
A Stena, finalmente, apenas se disse interessada no Rodin, pelo qual oferece 30 milhões de euros.