O título de propriedade e outros documentos do Atlântida foram apreendidos pelo tribunal, no âmbito do processo de penhora intentado pela Atlânticoline contra os ENVC. O concurso público para a venda do ferry fica assim mais comprometido.
A Atlânticoline, empresa pública açoreana que encomendou, e depois rejeitou, dois ferries aos estaleiros de Viana do Castelo, reclama o pagamento de 7,8 milhões de euros (mais juros desde 2011) ainda em dívida e relativos ao acordo de resolução do contrato que estabeleceu o pagamento de 40 milhões de euros pelos ENVC.
O processo de penhora do Atlântida, com o pedido de venda imediata em hasta pública, avançou assim que foi conhecida a intenção de Governo de vender o navio, em concurso público internacional, no âmbito do processo de liquidação da empresa vianense.
Os documentos do ferry ficam agora à ordem do Tribunal de Execução de Lisboa até à resolução do processo.
À “Lusa”, fonte do Ministério da Defesa Nacional, que tutela os ENVC, confirmou a acção, assegurando que a apreensão dos documentos “não afecta os planos ou o calendário” para a liquidação, em curso, da empresa pública.
Para os ENVC, o contrato com a Atlânticoline para a construção de dois ferries representou um prejuízo avaliado em cerca de 70 milhões de euros.