O Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Valenciana chumbou o projecto da Zona de Actividades Logísticas do porto de Valência.
Dias depois de ficar a saber que pode avançar com o novo terminal de contentores, o porto de Valência recebeu a notícia de que não poderá concretizar a tão desejada Zona de Actividades Logísticas.
A Sala do Contencioso Administrativo do Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Valenciana decidiu a favor da associação de vizinhos (proprietários) de La Punta La Unificadora e anulou a resolução da Conselheria da Habitação, Obras Públicas e Ordenamento do Território de Dezembro de 2018 que aprovou em definitivo o Plano Especial da ZAL do porto de Valência.
A decisão é passível de recurso. Em alternativa, a Generalitat Valenciana poderá tentar chegar a acordo com a parte contrária para salvar a ZAL.
Tal como está projectada, a ZAL do porto de Valência abrange uma área de 773 mil metros quadrados, com nove lotes logísticos num total de 308 mil metros quadrados.
Num primeiro concurso, realizado já em 2020, o grupo MSC (MSC e Medlog), a Raminatrans e QA Pimba garantiram os primeiros lotes, propondo-se investir ali cerca de 75 milhões de euros.
Numa primeira reacção à decisão da Justiça agora conhecida, o presidente da Autoridade Portuária de Valência lamentou a suspensão do projecto que, disse, coloca em causa a criação de cerca de 1 500 postos de trabalho.
Aurelio Martinez disse-se, ainda assim, esperançado em encontrar uma solução que viabilize a ZAL.