Sem motoristas e com crescentes dificuldades de abastecimento, o Reino Unido pondera liberalizar os serviços cabotagem nos próximos meses.
O governo de Londres está a estudar a possibilidade de flexibilizar as regras da cabotagem, permitindo a realização de mais transportes internos aos transportadores internacionais, numa tentativa de minorar os problemas nas cadeias logísticas provocados pela escassez de motoristas.
Actualmente, apenas são permitidos dois serviços de cabotagem por transportadores estrangeiros nos primeiros sete dias após a entrada no país.
A proposta em estudo admite a realização de um número ilimitado de operações de cabotagem e duplica para 14 dias o período em que tal será possível.
A avançar, o regime excepcional da cabotagem no Reino Unido será limitado no tempo, entre três e seis meses, e ainda assim sujeito a constante monitorização e revisão.
Por causa do Brexit e da pandemia, que fizeram retornar aos seus países de origem muitos profissionais, o Reino Unido debate-se com uma escassez de motoristas de camião que já se sente no abastecimento de combustíveis e outros bens essenciais.
Até ao momento, todas as iniciativas de Londres para minorar – que não resolver – o problema têm fracassado.