O domínio da China no mapa marítimo mundial é cada vez mais evidente, de acordo com os dados do mais recente ranking da conectividade dos portos da UNCTAD.
Xangai manteve a liderança do ranking da UNCTAD. Nos cinco primeiros lugares, três são de portos chineses, incluindo aí Hong Kong (Zangai, Ningbo e Hong Kong). Nos dez primeiros, cinco são chineses (incluindo também Taiwan). E nos 20 primeiros 11 são ainda chineses.
Mas não só. O LSCI da UNCTAD, ranking que mede a conectividade marítima dos portos de 178 países, considerando apenas o transporte marítimo de contentores, relativo a 2019 indica de forma clara que os negócios estão a mover-se para onde quer que a China opte por investir em infra-estruturas marítimas.
O Pireu, controlado pela estatal chinesa Cosco, por exemplo, tornou-se no porto mais bem conectado do Mediterrâneo este ano. Na lista de outros portos com investimentos chineses que subiram no LSCI estão Colón (Panamá), Khalifa (Emirados Árabes Unidos) e Lomé (Togo). Os portos da África Ocidental atraíram serviços directos da China, levando a que embarcações de maiores dimensões tenha sido alinhadas nessas rotas.
Os dados da UNCTAD revelam também que o Canal do Panamá expandido levou a mudanças nos padrões de serviços. O relatório indica que a LSCI de Nova Iorque/Nova Jérsia e Savannah, na Costa Leste da América do Norte, cresceu mais de 20% desde a abertura, em 2016, do Canal do Panamá alargado, enquanto os principais portos da Costa Oeste estagnaram.