A UNCTAD prevê um crescimento económico mundial de 4,7% este ano, sobretudo devido à retoma dos EUA, acima dos 4,1% previstos em Setembro.
No entanto, a economia mundial ainda deverá ficar a 10 biliões de dólares (8,3 biliões de euros) do nível em que estava antes da pandemia de covid-19, acrescenta.
Assim, para os Estados Unidos, a agência da ONU aponta para um crescimento de 4,5% do PIB em 2021, esperando ainda uma subida de 2,1% da economia japonesa e de 8,1% da chinesa.
Quanto à Europa, a zona euro deverá crescer 4,0%, França 5,3%, a Alemanha 3,3% e Itália 4,1%, ao passo que o Reino Unido deverá ver o seu PIB crescer 4,4%.
De acordo com o relatório hoje conhecido, as perspectivas mais optimistas face a Setembro baseiam-se na “melhoria da vacinação e contenção da doença [covid-19] nas economias avançadas e de rendimentos médios”, numa “transição rápida de políticas de alívio para políticas de recuperação nas maiores economias do mundo” e ainda “nenhum ‘crash’ financeiro significativo”.
No entanto, a agência sublinha que apesar das medidas de apoio terem sido mais pragmáticas nesta crise do que em anteriores, “já se vislumbra resistência à política orçamental expansionista em alguns países, baseada numa conversa sobre o possível reforço da inflação e preocupações acerca das dívidas soberanas”.
“Um regresso errado à austeridade depois de uma recessão profunda e destruidora é o principal risco para a nossa perspectiva mundial, especialmente no contexto de mercados de trabalho fraturados e mercados financeiros desregulados”, pode ler-se no documento.