À conta do arrastar das negociações com o sindicato Teamster a UPS perdeu para a concorrência uma média de mais de um milhão de encomendas/dia no segundo trimestre.
A UPS apresentou resultados mais fracos que o esperado no segundo trimestre e reviu em baixa as estimativas para o final do exercício, no relativo ao volume de receitas e à margem operacional.
No segundo semestre, a UPS atingiu receitas consolidadas de 22,1 mil milhões de dólares, numa quebra homóloga de 10,9%. O lucro operacional consolidado foi de 2,8 mil milhões de dólares (menos 21,4%).
A empresa atribui a quebra das receitas à redução dos volumes manuseados (à razão de 1,2 milhões de encomendas por dia, em média), essencialmente em resultado das negociações laborais que se arrastaram até 25 de Julho (já depois de findo o semestre, portanto), e que levaram muitos clientes a optar por alternativas para os seus envios temendo disrupções nas operações da UPS.
Do outro lado da mesa, nas negociações, esteve o sindicato Teamster, que representa cerca de 340 mil do meio milhão de trabalhadores da empresa.
A partir daqui, a UPS aposta em recuperar os volumes perdidos até ao final do ano corrente, mas no entretanto reviu em baixa, em quatro mil milhões de dólares, de 97 para 94 mil milhões de dólares, a estimativa de receitas, e de 12,8% para 11,8% a previsão da margem operacional.