Reduzir as rampas na Linha da Beira Alta custaria 975 milhões de euros e pouparia apenas 10% no custo de transporte por TEU, defende Carlos Fernandes.
Falando no recente seminário do porto seco da Guarda sobre os benefícios directos do investimento na Linha da Beira Alta, o vice-presidente da IP defendeu a opção feita no Ferrovia 2020 e, sem os referiu, rebateu os que pedem uma nova linha.
Comparando com a situação actual – de comboios de 500 metros e 54 TEU com tracção simples -, o aumento do comprimento das composições para 750 metros permitirá uma redução de 28% no custo por TEU, mesmo considerando o recurso à tracção dupla.
O investimento previsto para permitir comboios de 750 metros na Linha da Beira Alta é de 70 milhões de euros.
A eliminação / redução das rampas críticas do traçado para um máximo de 12,5‰, mediante a construção de variantes, custaria 750 milhões e apenas reduziria em 10% os custos por TEU, assumindo que o novo normal seriam comboios de 75 TEU com tracção simples, sustentou Carlos Fernandes.
Antes. o “vice” da IP sustentou que os investimentos previstos no Ferrovia 2020 dão resposta aos principais constrangimentos do Corredor Atlântico, e garantiu que os investimentos em curso ou previstos em Espanha são compatíveis e dão continuidade ao plano português.
No encontro da Guarda (em que participou online), Carlos Fernandes fez ainda o ponto da situação do Ferrovia 2020, dizendo que 13% das intervenções previstas estão concluídas e 70% estão em fase de adjudicação / consignação / obra. Faltam ainda 17%, em fase de projecto, mas que deverão avançar ainda no primeiro semestre de 2021.